Ai corpo cego, turvo e desgostoso
Que como nunca está perdido e só!
- Tu, que fostes outrora poderoso
- Tens agora a alma debaixo da sola.
É como se um cancro minasse a vida,
Sorvendo o que há de mais vital em mim.
É como se um trator passasse em cima,
Esmagando-me tim-tim por tim-tim.
- Queres carregar o mundo nas costas,
- Agora, pagarás com sofrimento.
- Imbecil, vai gostar de quem te gosta!
Que devo escrever no meu testamento?
Devo, para o bem, doar os meus rins,
Única coisa boa dentro de mim?
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