
Ah, que lástima dilacerante me consome
Me sinto um esquálido desertor
Um réprobo assassino,
Um meliante sem corja, solto ao mundo,
Aquele que recorre sempre ao mesmo recurso
Para solucionar o mesmo problema desgastado.
Basta de mentiras em minha vida
Basta de experiências mal-vividas, um fôlego interrompido
Eu só sei chorar quando não tem ninguém me vendo
E só consigo sorrir quando me olham
Eu sei odiar, mas não consigo mantê-lo
Sempre quis fizessem por mim, mas nunca esperei
Detesto ser frágil para amar e impassível para ser amado
A minha inocência primeiro em tudo, não é racional
As relações entre as pessoas eu as intuo de maneira perturbadoraMe sinto como o cão de Pavlov, experimentalmente usado.
(...)
* 1º Vocativo (2005), 2º Poesia barata (2006) em parceria com Cristiano Cobra.